Ads 468x60px

segunda-feira, 5 de março de 2012

Su-Wei Hsieh e WTAs randoms


Alguém notou que ela está feliz?


Você alguma vez já ouviu falar da tenista Su-Wei Hsieh? Pois é, eu também não.

Mas ela é a mais recente campeã de um WTA. Ela venceu Petra Martic (outra random aleatória por ai) na final do WTA de Kuala Lumpur e venceu o primeiro título WTA da carreira (detalhe: ela não está nem no top 100). Não era nem de perto cotada como alguém que poderia ao menos vencer um jogo no WTA. Mas com uma boa campanha, sorte e a felicidade da vitória de Martic sobre Jankovic nas semifinais (no domingo, numa rodada dupla). Martic bateu Jelena por 6-7 7-5 7-6 num jogo duríssimo e Jankovic está a quase 2 anos sem ganhar um título

Voltando ao tema central do texto, Martic e Hsieh são totalmente tenistas randoms que tiveram a sorte de estar no WTA certo, na chave certa, e com a sorte do abandono de Radwanska durante o torneio. Mas esse não é o único WTA random e estranho do calendário mundial.

Apenas em fevereiro temos WTAs fraquissimos: Acapulco (que esse ano não foi tão fraco como os outros), Monterrey, Bogotá, Memphis, Kuala Lumpur...Com a grande maioria na América Latina, percebe-se que:

1 - Os organizadores desses torneios são fracos
2 - É só na Europa que as tops querem jogar
3 - Veremos mais Hsiehs e Martics alheias por aí ganhando WTAs.

Decepcionante, claro.

Ultimamente, vem aumentando a possibilidade de um WTA chegar ao Brasil. Confesso que fiquei surpreso com a boa organização do Brasil Open em não-muito-tempo para organizar, preparar as quadras e tudo mais. Resultado? Nalbandian, Ferrero, Almagro, Simon, Verdasco, Gonzalez. Todos eles jogaram aqui.

A organização do Brasil Open foi capaz de trazer esses tops (devido em grande parte a mudança do torneio para São Paulo). A organização de um possível WTA no Brasil também é.

Não espero (ex?) estrelas jogando aqui. Espero tenistas decentes, regulares, não apenas uma grande estrela e outras 31 jogadoras fracas. Como eu acredito que isso pode ser resolvido? Simples

O torneio teria que ter sido jogado na hard. Se for no saibro, as jogadoras de Monterrey/Bogotá/Acapulco seguiriam pra cá. No hard é mais fácil (em minha opinião) para que boas jogadoras venham para cá (Cet, vem junto!)

Imagine todos os WTAs fracos do mundo por aí. Você quer que o WTA do Brasil seja mais um desses? Eu não.

Agora é com vocês na caixinha de comentários: qual é o WTA mais fraco do tour? E em que data o WTA do Brasil poderia ser jogado?

Tenis City
Vendo o tênis de um jeito diferente

Por Henrique Bulio, @henriquebulio 

2 comentários:

Daniel disse...

Acho que a unica opção para o Brasil é na primeira semana de Abril...e seria um torneio não muito forte. Mas a opção de ser nas duras (se for possivel) é boa mesmo. Ou vamos ter um torneio fraquissimo como os outros de fevereiro no saibro.

Mário Sérgio disse...

O que faz um torneio ter uma chave forte ou não é a combinação entre premiação e posicionamento no calendário. Então não dá para dizer que os organizadores são fracos, quando eles montam o torneio dentro das possibilidades que a data oferece.

O torneio de Kuala Lumpur, onde a Hsieh conquistou o título é da série International e distribui premiação e pontuações mínimas no circuito. Mesmo assim, conseguiu atrair Bartoli e Venus (que acabaram desistindo de última hora, lesionadas), além de Radwanska e Jankovic que aceitaram convites por já estarem naquela região do globo por conta da gira Doha/Dubai.

Os torneios de Memphis (indoor hard) e Bogotá (saibro) não podem trazer jogadoras de primeira linha por serem exatamente na mesma semana de Doha, que é um Premier 5. E segundo o regulamento da WTA, se você tem ranking para disputar um torneio desse nível não pode optar por outro na mesma semana.

Monterrey é disputado na quadra dura, e concorre com Dubai, um torneio de nível médio em termos de pontuação, mas que paga (muito) bem. E com as tops já no Oriente Médio por um torneio grande na semana anterior, a escolha por Dubai acaba sendo natural.

O possível WTA no Brasil substituiria o torneio de Marbella na primeira semana de abril de 2013. A data é favorável para se montar uma chave mais forte. Logo depois de Miami, concorrendo com apenas Charleston (nível médio) e sem grandes eventos nas duas semanas seguintes. Portanto, acredito num line-up parecido com Auckland e Acapulco, que são exemplos de International Series de alto nível.